domingo, 29 de março de 2015

Wesley, hoje novo contratado no São Paulo, dormiu um mês no Morumbi até ser dispensado em peneira aos 14 anos

Mais uma história de dispensa de um garoto à epoca,  que fora relegado (poderia ser de graça) em um dos maiores clubes de São Paulo, seja por tamanho ou outro critério e que deu a volta por cima. Aqui um incentivo para todos que lutam por um espaço e as portas se fecham. Pode ser que esta mesma porta amanhã seja  a oportunidade de sua vida.  
Matéria: 
Jogar no São Paulo não foi uma oportunidade que surgiu para Wesley só no ano passado, em meio à discussão para a renovação ou não do contrato com o Palmeiras. O volante de 27 anos revelou no domingo que, na adolescência, foi reprovado em peneira nas categorias de base do clube. Questionado sobre o assunto na terça-feira, ao ser apresentado de modo oficial, não soube dar detalhes do teste, porém.
"Acho que tinha uns 14 anos, por aí. Já amadureci bastante, talvez não saiba contar toda a história. Foi um aprendizado, me deu mais força para encarar outros desafios que a vida me proporcionou. Mas talvez eu fale besteira, não me lembre de tudo", disse o jogador, que depois foi registrado no Internacional de Bebedouro e jogou também no Botafogo, de Ribeirão Preto, antes de se destacar e ser fixado definitivamente no profissional do Santos.
A história no São Paulo, conforme apurou a reportagem, ocorreu em 2002. Levado por um professor de futebol de salão de Catanduva (SP), sua cidade natal, Wesley deixou boa impressão nas primeiras avaliações e foi convidado a ficar no alojamento do Morumbi para um período maior de treinamentos. Aproximadamente um mês depois, no entanto, acabou não sendo aproveitado e retornou para o interior paulista. O treinador na época era Marcos Vizolli, que, entre tantos candidatos, não se recorda do volante.
"São muitos garotos, mas é uma idade que está dentro desse perfil de dispensa. Quem apresentava qualidade, certa condição de continuar no clube, ficava mais tempo mesmo. Com certeza, ele deve ter ficado para essas avaliações", diz o ex-jogador e ainda funcionário das divisões de base do clube, que vez ou outra é chamado pela comissão técnica da equipe profissional para observar jogos de futuros adversários. Ele foi a Montevidéu recentemente para ver o duelo entre Danubio e San Lorenzo, concorrentes do São Paulo na Copa Libertadores.
Fernando Dantas/Gazeta Press
Volante, que vestiu camisa do São Paulo na terça-feira, fez teste na base do São Paulo quando tinha 14 anos
Desde 2005, ano em que inaugurou CT próprio para formar atletas, em Cotia, o São Paulo não utiliza mais as dependências do Morumbi. "Acabou tudo. Tudo foi levado para lá", explica Vizolli, que tinha Cilinho (técnico campeão paulista de 1985 e 1987) como coordenador quando Wesley fez peneira. Atualmente, o principal cargo do departamento pertence a Júnior Chávare, gerente executivo que tem comandado reformulação idealizada pelo presidente do clube, Carlos Miguel Aidar, para os times inferiores.
Foi Aidar também quem fez questão de contratar Wesley – e ganhar mais uma disputa com Paulo Nobre, mandatário do Palmeiras –, embora não tenha sido ele o responsável por apresentá-lo, na terça-feira. Quem o fez foi o diretor de futebol, Rubens Moreno, que citou de forma bem humorada sua primeira passagem pelo Morumbi. "Espero que ele possa comprovar que o São Paulo errou lá no passado, quando ele não ficou no teste", disse o dirigente, sorrindo, antes de entregar a camisa com a qual o jogador diz sonhar desde pequeno.

domingo, 8 de março de 2015

Roberto Firmino: Saiba a história do alagoano, desde sua saída do CRB, rejeitado no São Paulo FC, projeção no Figueirense FC até chegar á Seleção Brasileira

Nascido em 2 de outubro de 1991, Roberto Firmino passou pelas divisões de base do CRB, onde treinou até o time sub-18, recebendo apoio do Dr. Marcelo, odontólogo e também amigo da família do jovem atleta, que dava suporte no início de sua carreira e o ajudava a se manter no clube. Mas antes mesmo de ter alguma chance no time profissional, o Galo o perdeu para o Figueirense, que terminou de “fabricar” o alagoano, o profissionalizou e o projetou no cenário nacional, até que ele chegasse ao futebol alemão.


Firmino fez sua estreia na seleção brasileira principal no amistoso contra a Turquia, entrando em campo no segundo tempo, na vitória por 4 x 0. Mas foi na partida desta terça-feira (18) contra a Áustria que o alagoano mostrou por que foi convocado por Dunga. Após entrar aos 16 minutos do segundo tempo no lugar do atacante Luiz Adriano, o camisa 18 do Brasil fez o gol da vitória por 2 x 1, em chute de fora da área aos 37’ que foi no ângulo do goleiro austríaco.

Quem conta melhor a história de Roberto Firmino é o ex-jogador Bilú, também alagoano, que atuou no próprio CRB em meados 1999 e 2011, bem como no Figueirense por cerca de quatro anos, além de Coritiba, Atlético-MG e Ponte Preta, e foi um dos principais responsáveis pela evolução de Firmino no futebol. Em entrevista à Rádio Pajuçara FM, na noite desta terça-feira (18), Bilú contou como foi a saída de Firmino do Galo da Praia.

“Eu o conheci por meio do ex-jogador Toninho, que treinava a base do CRB. Eu estava fazendo um tratamento no REFFIS (Núcleo de Reabilitação Esportiva Fisioterápica e Fisiológica) do São Paulo F.C., quando ainda atuava pelo Atlético-MG (em 2008) e recebi um telefonema do Toninho. Ele disse que havia um garoto promissor no CRB. Pedi um DVD, e gostei bastante do que vi”, afirmou Bilú à equipe do Pajuçara Futebol Clube.

Roberto Firmino começou na base do CRB de Alagoas e saiu para o Figueirense em 2008, com apenas 16 anos. Habilidoso e incisivo, o meia-atacante foi um dos destaques na Copa São Paulo de 2009, quando os catarinenses, defendendo o título, caíram para o Internacional nas oitavas de final. Aquele ano ainda não seria o da explosão: foram apenas dois jogos pelo time principal na Série B, que terminaria com o Figueirense na sexta colocação.

Como estava se recuperando no São Paulo e tinha amizade com a diretoria na época, o ex-jogador afirmou que tentou levar Roberto Firmino ao clube paulista. “Na época eu pedi ao presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, para que o garoto fizesse um teste no time. Ele foi mal avaliado, treinou muito pouco com bola, e não foi aproveitado”, revelou Bilú.

Com isso, o ex-jogador não perdeu tempo e, aproveitando sua influência e amizades, imediatamente conseguiu um novo contato para o seu conterrâneo. “Eu o coloquei em um hotel e liguei para o Abelha, que era o coordenador das divisões de base do Figueirense, para que o garoto fosse ser testado lá. Depois de uma semana, o Abelha me ligou e pediu para que eu fosse lá (em Florianópolis-SC) para acertar o contrato com o Firmino. Então, fizemos um contrato amador e o atleta ficou atuando pelo juvenil do Figueirense”, contou.

Crescimento no Figueirense

Chamando a atenção dos dirigentes do alvinegro catarinense, Roberto Firmino não demorou muito e em meados 2010 já começou a atuar pelo time profissional. “Ele começou a brilhar e logo recebeu oportunidades para jogar no time profissional. Em 2010 cheguei a jogar com ele no Figueirense, e ele já se destacava. Foi naquele mesmo ano que fizemos o primeiro contrato profissional do Firmino, e então ele começou a ganhar o dinheirinho dele. Fui com ele também comprar o seu primeiro carro”, lembrou Bilú.

Em 2010, o jogo virou. Firmino passou a ser titular com mais frequência, foi campeão catarinense e entrou em campo em quase todos os jogos da Série B, marcando oito gols. Foi fundamental para o vice-campeonato e o acesso à primeira divisão, e era visto como grande promessa, apesar das críticas de alguns torcedores de "enfeitar" demais as jogadas.

Mas o torcedor não teve muito tempo para ver o garoto crescer: em março, seus direitos já haviam sido vendidos ao grupo do empresário Eduardo Uram, parceiro do Figueirense que também negociou jogadores como o lateral Lucas e o atacante Willian no fim do ano. Após a conquista do acesso, Firmino saiu para o Hoffenheim, da Alemanha.

O começo na Alemanha não foi fácil. Aos 19 anos, fez apenas 11 jogos no Campeonato Alemão em 2010/11, a maioria como reserva, mas já começou a chamar a atenção ao fazer três gols. Em novembro de 2011 veio o pior momento: ao lado do nigeriano Chinedu Obasi, foi afastado de um jogo do time principal por constantes problemas com atrasos.

As temporadas seguintes foram de crescimento para Firmino: em 2011/12, virou titular do time e marcou sete gols no Alemão; em 2012/13, foi visto como importantíssimo para evitar o rebaixamento do Hoffenheim, sendo o principal homem de criação do time e anotando outros cinco gols. O talento do brasileiro já era palpável e rendia elogios na Alemanha, mas ainda faltava uma temporada para confirmar tudo isso.

O Roberto Firmino da temporada 2013/14 foi um jogador completamente diferente dos anos anteriores. Jogando solto no esquema do Hoffenheim, atrás de um centroavante e com liberdade para se movimentar, o alagoano explodiu: foram 16 gols e 12 assistências, liderando o modesto clube ao nono lugar. O estilo de toques a mais deu lugar a um meia-atacante objetivo e eficiente, com facilidade para finalizar e deixar companheiros na cara do gol.

As atuações de Firmino foram reconhecidas: ele foi premiado como revelação da temporada na Alemanha e renovou com o Hoffenheim até 2017. Mas é pouco provável que ele fique até lá, já que clubes como Arsenal e Inter de Milão já demonstraram interesse pelo camisa 10 na última janela de transferências. Convocado agora à Seleção Brasileira, o jovem que empolgava fãs do Figueirense na segunda divisão dá mais um passo para se firmar como jogador de ponta – e entrar de vez no cotidiano dos torcedores brasileiros.
Início inconstante e problemas de disciplina

Méritos do jogador

Ainda de acordo com o ex-atleta, Firmino ainda o agradece pela oportunidade que recebeu, e também cita pessoas que fizeram parte de sua história desde que atuou pelo CRB, como o próprio Dr. Marcelo, o ex-técnico de base do Galo, Toninho, e ainda o atual técnico da base do CRB, Guilherme, com quem também chegou a trabalhar no alvirrubro alagoano.

“Ele está onde está porque é um garoto bom, de boa índole, e tem méritos próprios. Nós apenas demos força a ele. Desejo todo sucesso do mundo para o Firmino e muita felicidade. Tenho um carinho muito especial por ele, e nos falamos direto. Ele me ligou quando foi convocado pelo Dunga me agradecendo, mas ele não tem nada que me agradecer, porque está aí pelos seus méritos”, disse ainda Bilú.

Já ao site oficial do CRB, o presidente do clube, Marcos Barbosa, diz ter comemorado a convocação e participação de Roberto Firmino na Seleção Brasileira. “Ele saiu cedo (do CRB), fez a base com o professor Guilherme, e nos encheu de alegria. Sou amigo pessoal da família do Firmino e torço para que ele brilhe mais e mais. Já enviei duas camisas do CRB pela mãe dele que está indo para Alemanha em breve”, disse o presidente.






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