quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Deu na mídia: Geração 2000 é realidade na elite, e Santos "desbrava" até nascidos em 2001 (destaque na UOL) .

O tempo tem que ser bem dividido: lições de casa, cursinho de inglês e preocupações normais de adolescente em parte do dia. No restante, preleções, concentrações, jogos e até mesmo uma pressão de torcida para já pegar o costume...... -

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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Comportamento das gerações: Nascidos em 1997 se destacam em relação às anteriores com jogadores brilhando internacionalmente!

Nesta coluna de novembro/2017 do blog de Pedro Venacio da Globo.com, sobre a afirmação da geração de nascidos em 1997 traz um debate à tona e uma bela discussão que pode se aplicar às próximas: 

Esses jogadores nascidos em ano ímpar, sem passagens por seleções de base desde o início, conseguem se firmar, o que talvez indique que passagens por seleções menores de base (sub-15 e sub-17) não sejam tão determinantes assim no crescimento profissional dos jogadores, apesar de serem importantes para o monitoramento e controle mais de perto, na visão do blogueiro que vos escreve.


Acrescento que ainda sofremos de modelos de captação inadequados e em linha de produção com padrão de jogo sem atentar para a qualidade e potencial  de desenvolvimento individual de atletas. 



Veja a coluna completa: 

Com Gabriel Jesus no comando, geração 97 atropela as anteriores

Malcom, Richarlison e David Neres se destacam no exterior. Arana, Maycon e Murilo, no Brasil. Número é maior do que os nascidos em 1996 e 1995.

Gol do Brasil! Danilo cruza rasteiro para Gabriel Jesus completar, aos 35' do 1º tempo

Gabriel Jesus soma oito gols em 12 jogos pela Seleção e sete na Premier League pelo Manchester City. Malcom, titular e melhor jogador do Bordeaux, é especulado em vários grandes europeus. Richarlison chegou impondo respeito no Watford. David Neres, volta e meia, brilha no Ajax. Gerson começa a se firmar na Roma, Thiago Maia tem um bom espaço no Lille e não há dúvidas: a geração 97 brasileira atropelou as de garotos nascidos dois, três anos antes, e isso é bem claro.

Gol do Vasco! Caio Monteiro aproveita rebote de Rios e empata; aos 30' do 2ºT

Se pensarmos em jogadores aqui no Brasil, o número aumenta. Guilherme Arana é titular absoluto do Corinthians que se aproxima de mais um título brasileiro, e Maycon também o foi durante quase todo o campeonato (perdeu a posição recentemente). Lucas Paquetá começa a ganhar espaço no Flamengo, Murilo se firmou na zaga do Cruzeiro e Bremer ganhou minutos no Atlético-MG. Na rodada deste fim de semana no Brasileirão, mas três garotos nascidos no ano fizeram gol: Caio Monteiro, do Vasco, Pedro, do Fluminense, e o meia canhoto Yan, do Coritiba.


Gol do Coritiba! Yago se enrola para cortar, a bola bate em Yan Sasse e entra, 21 2º

Em comparação, por exemplo, os garotos nascidos em 1996 sofrem ainda para se firmar. Tratado como possível futuro 9 da Seleção, Gabigol tem tido problemas no Benfica. Robert, expoente da geração até os 17 anos e revelado no Fluminense, ainda engatinha no profissional e precisa de uma sequência. Luís Araújo foi vendido para o Lille e é uma boa exceção, assim como o ex-Flamenguista Jorge, que foi para o Monaco. Arthur, do Grêmio, também nascido em 1996, tomou conta da posição e foi convocado recentemente por Tite. Lucão, ex-São Paulo, ainda busca adaptação na Europa.

Entre os /95, o destaque é Marlon, que está emprestado pelo Barcelona ao Nice, da França. No ataque, o expoente é Otávio, do Porto. Mas nomes que já foram badalados, como Andrigo e (emprestado pelo Internacional ao Atlético-GO), Carlos (emprestado pelo Atlético-MG ao Internacional), ainda patinam um pouco na carreira. A boa novidade é a afirmação de zagueiros, como Gabriel, do Atlético-MG, Igor Rabello, do Botafogo, e Pedro Henrique, reserva imediato do Corinthians. Marcos Guilherme, hoje no São Paulo, faz um Campeonato Brasileiro com altos e baixos, mas joga com frequência e fez um golaço contra o Vasco neste domingo.

A afirmação da geração /97 traz um debate à tona: se esses jogadores nascidos em ano ímpar, sem passagens por seleções de base desde o início, conseguem se firmar, o que talvez indique que passagens por seleções menores de base (sub-15 e sub-17) não sejam tão determinantes assim no crescimento profissional dos jogadores, apesar de serem importantes para o monitoramento e controle mais de perto, na visão do blogueiro que vos escreve.

Outro ponto a se observar é que, se esses garotos mantiverem a evolução, vão assumir lugares de destaque no futebol europeu em breve e dar um ótimo suporte na seleção brasileira a Neymar, que ainda é a estrela da companhia. Além de poderem lutar pelo bicampeonato olímpico, caso o Brasil se classifique para os jogos de Tóquio, em 2020, pois terão idade para a disputa (caso ela se mantenha sub-23).


sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Historia de Superação: Sem oportunidade, Leandro Damião quis desistir do futebol aos 17 anos

Hoje de volta ao Internacional de Porto Alegre, Leandro Damião, que ajudou o acesso à elite novamente,  tem uma história de vida interessante. Veja abaixo detalhes extraídos de uma reportagem de 2012. 

Recusado por grandes clubes na adolescência, o menino do Jardim Ângela, em São Paulo, pensou em abandonar seu sonho para trabalhar com o pai
Por 
São Paulo
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A oportunidade no futebol demorou para surgir na vida de Leandro Damião. No entanto, o trabalho duro e a vontade de jogar não compensavam. Dezessete anos e nenhuma oportunidade. Em meio às frustrações, Damião já começava a ter planos fora de campo.
- Olha, quando eu estava na várzea, era só por diversão, só jogava no fim de semana. Dia de semana eu estudava. Estava praticamente largando o futebol para começar a trabalhar já com meu pai – conta.
Foram cerca de dez “nãos” na adolescência que quase fizeram o menino de São Paulo desistir dos gramados precocemente. São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Santos, Portuguesa, Juventus e Paulista foram alguns dos clubes que recusaram o atual camisa 9 da Seleção.
- Teve uma história que foi no Palmeiras. Fomos eu e mais três jogadores da minha vila. Senti que tinha ido bem, todo mundo viu: fiz gol, joguei bem. Mas eu não tinha uma pessoa que me colocasse lá dentro para poder ajudar mais, uma pessoa para, pelo menos, dar um toque:  "Dá uma olhada naquele garoto" – declara Damião.
Revelado nos campos de várzea do Jardim Ângela, Damião colecionou títulos em campeonatos organizados pela subprefeitura da cidade. Com o objetivo de tirar as crianças da rua, alguns desses eventos chegavam a acolher 6.000 pessoas em um único fim de semana.
- Jogava três jogos por dia. Um na Zona Sul. Pegava o ônibus e já ia para a Zona Leste. À tarde, pegava o último das 18h para jogar. E com aqueles 90 reais - eram trinta por jogo -, você ia para o cinema com a sua namorada. Tipo, meu final de semana era tudo! – lembra o atacante.
A primeira chance
Leandro Damião comemora gol do Brasil contra a Nova Zelândia (Foto: AFP)Leandro Damião do futebol de várzea
à Seleção Brasileira (Foto: AFP)
Por R$ 100 mensais, alimentação e alojamento, Damião foi para Santa Catarina para jogar pelo Quinze de Indaial. Marcado para as 16h, o encontro com o encarregado pela apresentação ao time demorou sete horas. Leandro e o pai ficaram esperando no local combinado até alguém chegar.
- Estava naquela fé, na expectativa de que ele ia aparecer, por mais que estivesse ligando pra ele toda hora. Acabou a bateria do meu celular, ia ao orelhão, ligava e nada de ele atender – conta Natalino, mais conhecido como Seu Bigode.
- Eu falei para o meu pai para irmos embora, que era o momento de ir para casa. Aí, ele: ‘"Não! Vamos ficar." Uma hora da manhã, a pessoa apareceu. E meu pai: "Eu falei para você que ele viria, moleque! Você quer ir embora? Desistir? Está louco!" Foi um momento que ficou marcado – lembra Damião.

Estava praticamente largando para  trabalhar com meu pai"
Damião, sobre desistir do futebol
Contra a vontade do treinador do time, a chance veio por meio do presidente, Mauro Ovelha. Ainda assim, era preciso achar espaço dentro da equipe. Damião teria que se esforçar.
- Eu não o levava nem no banco. Ele nunca fez bico, cara feia. E treinava demais: sempre ficava mais uns quarenta e cinco minutos treinando até não ter mais ninguém no estádio – explica Giovani Nunes, técnico do clube na época.
A passagem pelo clube catarinense não foi das melhores. Com fama de perna de pau na equipe, Leandro não caiu nas graças da torcida.
Evolução
O jogador tirou das críticas um incentivo para evoluir. Após todo o esforço, em 2009, chegou aos juniores do Internacional de Porto Alegre e, logo no ano seguinte, subiu para o profissional. A consagração veio com um dos gols do título da Libertadores.
Foi o suficiente para chegar à Seleção. Vestiu o uniforme e não deixou a pressão da camisa 9, eternizada por seu ídolo Ronaldo, abalar o desempenho. Gols e lances bonitos, como uma lambreta no empate com a Argentina no Superclássico das Américas no ano passado, vêm marcando sua passagem com a amarelinha.
Leandro Damião comemora gol do Brasil contra a Suécia (Foto: Mowa Press)Leandro Damião comemora gol do Brasil contra a Suécia (Foto: Mowa Press)

Mesmo badalado, o sucesso nunca subiu à cabeça. Nada de carro extravagante, mansão ou roupas de grife. Sair para a noite, nem pensar. Damião chega a ter medo de boate.
- Minha família me criou desse jeito, ficando longe dessas coisas, porque é até perigoso. Imagine: você quer ir para a boate, chega lá e alguém te reconhece. A pessoa quer ser mais que você e acaba brigando, acaba dando algo. Na periferia, qualquer coisa que acontece tem tiro, facada. Então, eu prefiro ficar em casa.
Pai e mãe ao mesmo tempo
Por conta da ausência da mãe, Seu Bigode desempenhou dois papéis ao mesmo tempo. Ao falar de Leandro, emociona-se mais do que qualquer pessoa. A humildade é herança passada para o filho.
- Representa mais que um filho, mais que um irmão – emociona-se - Puro orgulho, não tem palavra para falar. Graças a Deus, hoje, eles não têm um vício de fumar, de beber, de balada. Eu fico muito orgulhoso de ter passado isso para eles.
Quando Leandro tinha apenas quatro anos, presenciou a separação dos pais. A mãe o levou para o Paraná, junto com os dois irmãos. Natalino foi à Justiça e conseguiu a custódia dos dois meninos. Já a filha ficou com a avó.

A criação foi recompensada. Sem mágoas, Damião dedica ao pai tudo o que conquistou até hoje.
- Eu acho que não senti muita falta porque eu nem me lembro muito. Era muito pequeno. Tenho minha mãe ainda viva, eu a conheço, tive contato e tudo, mas, para mim, mãe mesmo é minha tia que me criou, minhas avós. Pessoas que me ajudaram demais. Meu pai também é mãe ao mesmo tempo – desabafa.
- Meu pai é sem palavras! É a pessoa mais especial que eu tive na minha infância, que sempre me ajudou. E quando eu puder homenageá-lo eu vou, porque ele merece. Ele batalhou por mim e hoje eu batalho por ele – agradece.
Link: Globo Esporte

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